sexta-feira, 15 de outubro de 2010

brasis


o lero de lá não é como o de cá

o papo dali não é entendido a culá

o assunto do lero só pertence a eles

nem o papo diz respeito a nós


quando estive lá, a culá, o lero

me era entendido]

mas o papo eu já deixara pra lá

enquanto estive aqui, só mesmo aqui

fazia sentido]

no fim de tudo é aqui que eu estive

e nem lá nem ali me trouxeram

o que eu queria ouvir

porque o daqui Eles não entendem

e nem mesmo o pertencem

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O que você disser será escrito, mas leia-o primeiro!



Eu concordo com a visão presente nos textos publicados outrora, mesmo que o eu dessa história não seja o eu por trás do sujeito, mas simplesmente o sujeito colocado inadequadamente aqui, ou talvez. Enfim a concordância ainda é a mesma, independentemente do sujeito utilizado, esta a qual aplicada ao sentido de considerar a sociedade atual, em termos bem pouco substancialmente relevantes e complexos, estagmentada em um padrão específico que atinge o ego da sociedade de maneira geral e não individual. Conceitos e valores são adquiridos não mais no seu lugar devido, na criação familiar, mas principalmente nos recursos da sociedade doente que mesmeriza a mente dos então subalternos, atribuindo à visão do indivíduo a visão única geral tomada ou assumida a partir de valores antes considerados supérfluos, como os bens e o capital. O homem, ou a criança que seja, realmente se conforma ou conformou-se com tudo isso ou apenas se vê sujeito aos padrões designados por outros, não se sabe ao certo. Então, o homem não é um mas é apenas parte mínima de um sistema de cópias de um padrão único.